Adaptações ao Modelo Empresarial | Desafios de uma nova época: Renovação, flexibilidade e agilidade
A crise recessiva que vivemos ao longo da última década tem influenciado o desempenho de governos e de empresas importantes. Suspeita-se que esta crise não seja simples nem passageira, mas algo muito mais profundo e duradouro. Inclusive, vemos sinais de mudanças radicais no ambiente político, econômico e social com o qual deveremos conviver daqui para frente e sem prazo determinado.
Mesmo sendo grave, esta tendência inspira a necessidade de ajustes e adaptações do modelo empresarial então
vivenciado, que tem se tornado obsoleto, não conseguindo sobreviver sob estas novas condições. A criação e antecipação do cenário econômico e de negócios a serem enfrentados pelas empresas passam a ser prioridade na agenda dos gestores, para que possam construir mapas estratégicos que suportem as decisões no futuro.
A aceleração desses processos de mudança na sociedade moderna tem exigido rápida reação e adaptação
para a sua sobrevivência. As empresas que se tornaram “dinossauros empresariais” sem entender o que se passa a sua volta, investida em burocracia e cheias de regras e procedimentos conflitantes, sem energia para ter qualquer reação rápida para enfrentar os perigos que as ameaçam, e acima de tudo sem capacidade de inovação, ou seja, acostumada a fazer sempre mais das mesmas coisas, necessitam com urgência a busca de
soluções sustentáveis para renovação de suas estratégias.
As empresas que antes eram bem-sucedidas e que deixaram de crescer padecem de uma “doença” que as fazem
perder a flexibilidade e a agilidade para responder adequadamente aos desafios de uma época cujas mudanças ultrapassam a velocidade daquilo que poderia ser feito em tempo administrado. A empresa “taylorista” do século passado extinguiu-se e a administração tecnocrática racionalista e sem alma que a acompanhava precisa ser rapidamente descontinuada.
O sistema que substituirá este modelo de empresa que ainda esta sendo superado faz parte de especulações preliminares com sugestões mais ou menos avançadas em torno de sua ideologia. Esta nova empresa requer medidas de caráter externo como reduções de tributação e reformas trabalhistas dentre outras essenciais para o desempenho produtivo destas novas formas de organização.
Nada poderá resolver de maneira sustentável e eficaz o problema destas empresas que se tornaram velhas e esclerosadas se as mesmas não atacarem frontalmente o problema básico da falta de flexibilidade, renovação e agilidade. A proposta então é manter de forma prolongada o aprimoramento da empresa independente da situação externa a ela, como a crise recessiva que passamos de maneira adaptativa e versátil que induz a sobrevivência de longo prazo diante deste cenário.
Para manter-se flexível e assertiva é necessário também uma equipe diretora heterogênea, com potencial a fim de impulsionar a adaptabilidade e a criatividade, a partir da capacidade de agir, de gerar conflitos e de debater ideias; condutas que acontecem naturalmente quando se adquire uma equipe multidisciplinar, ou seja, com diversidade intelectual, que possam assim gerar debates positivos.
A capacidade de agir e de se adaptar se manifesta na possibilidade de explorar novas alternativas estratégicas, em atitudes de tomada de risco e na capacidade de enfrentar situações difíceis, com ideias novas, provocativas, construtivas e otimistas. Já a geração de conflitos de ideias, comentada anteriormente, permite atingir uma maior abertura a visões alternativas, já que a equipe sai do campo de visão e de ação habitual.
Quanto mais alta é a semelhança da empresa com as demais do setor, maior é a probabilidade dela aceitar as normas predominantes deste setor. As empresas com alto grau de flexibilidade realizam benchmarking fora do seu setor, tanto empresarial como regional. O grau de conectividade com o setor é relativamente baixo, sempre buscando novas e diferentes visões de como se fazer a mesma coisa. Além disso, demonstram alto grau de centralização no que se refere à tomada de decisões. Esta centralização é apenas no campo estratégico, com
autonomia e delegação no campo operacional, principalmente na gerência de nível médio, forçando os gestores dedicar seu tempo a temas estratégicos inovadores.
O processo de delegação deve ser aumentado de forma significativa na formalização dos controles, aumentando sua eficiência para garantir a supervisão da operação sem interferências excessivas. Neste sentido, devem ser empreendidas mudanças estruturais, estimulando iniciativas estratégicas para compensar possíveis consequências negativas de uma maior formalização.
As empresas flexíveis devem ser conservadoras em relação a seus valores e identidade organizacional, ao mesmo tempo em que devem ser dinâmicas nas mudanças de estratégias, produtos e processos, com valores que favoreçam a inovação, a tomada de risco e a mudança em si. Elas estão voltadas para o futuro,
sem perder o fio que as vincula ao passado. Seu sucesso, enfim, baseia-se na clara definição, comunicação e ação coerente e repetição exaustiva de sua missão, visão e valores organizacionais. A liderança é exercida com base no exemplo e prioriza a contratação de profissionais alinhados a esta identidade organizacional. Elas realizam transformações importantes, sem causar danos a sua identidade e evita a resistência à mudança, estabelecendo tendências em vez de imitar a concorrência, estando um passo a frente delas, ao invés de estar ao lado delas.
A base de uma empresa flexível está na formação e capacitação permanente de seus gestores, começando com o exemplo do mais alto nível hierárquico, com atitudes que prezem a consistência e a coerência, em tudo que é realizado tanto no campo estratégico (das ideias) como no operacional.
Edição | 1707
Fique sempre em dia!
- Obrigações do dia: 06/Maio/2024 – 2ª Feira.
- Obrigações do dia: IRRF | Imposto de Renda Retido na Fonte.
- Obrigações do dia: IOF | Imposto sobre Operações Financeiras.
Últimas Notícias
-
3 - Maio - 2024
Desoneração da folha ampliou empregos formais de mulheres em 18,5% em quase cinco anos
Sem a desoneração da folha de pagamento, 173.495 mil empregos formais de mulheres deixariam de ser gerados entre [...]
-
3 - Maio - 2024
Mudança no Código Civil prevê que viúvas e viúvos não tenham direito à herança
O projeto do novo Código Civil, apresentado no Senado em abril, prevê que viúvas e viúvos não [...]
-
3 - Maio - 2024
Nova lei reajusta tabela progressiva do Imposto de Renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou sem vetos a Lei 14.848/24, que reajusta a tabela do Imposto de Renda (I [...]
-
3 - Maio - 2024
Ibovespa fecha em alta com ajuda de Fed e Moody’s; dólar cai 1,53%, a R$ 5,11
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (2), reagindo à indicação do banco central dos Estados Unidos [...]
-
2 - Maio - 2024
Sebrae lança página Crédito Consciente, que vai apoiar o empreendedor ao longo de toda a jornada de busca por empréstimo
Apoiar os empreendedores na tomada de decisões antes de acessar empréstimos. Com esse objetivo, o Sebrae lan&cced [...]
-
2 - Maio - 2024
Mesmo com dificuldades, bares e restaurantes são destaque na geração de emprego e renda
O setor de alimentação fora do lar tem mostrado consistência na taxa de contratações. Nos &ua [...]
-
2 - Maio - 2024
Moody’s melhora perspectiva de crescimento do Brasil para positiva
A agência de classificação de risco de crédito norte-americana Moody's alterou a perspectiva de [...]
-
2 - Maio - 2024
Estudo analisa impacto das políticas de auxílio-transporte aos trabalhadores metropolitanos brasileiros
O estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, no Brasil, o custo dos deslocamentos [...]
-
30 - Abril - 2024
Excelente notícia para MEIs: redução no pagamento da DAS!
Para muitos microempreendedores individuais (MEI), a forma de tributação sempre foi um tema cheio de detalhes e q [...]
-
30 - Abril - 2024
Desemprego no primeiro trimestre sobe para 7,9%, revela IBGE
A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 ficou em 7,9%. O resultado representa uma elevação de 0,5 pont [...]